CHENG ENFU & YANG JUN | Monthly Review ○ Maio/2025
► Para além da tomada inicial do Estado, a revolução se sustenta na capacidade de adaptação — uma dança estratégica entre a força e a persuasão, o visível e o oculto, que define a sobrevivência do projeto socialista no século XXI (...) A revolução permanente chinesa se afirma como antídoto dialético contra os becos sem saída: nem a rejeição da reforma nem a capitulação ao capitalismo, mas o autoaperfeiçoamento contínuo do sistema socialista (...) Apenas eliminando definitivamente a regulação do mercado e estabelecendo um mecanismo de regulação planejada que inclua toda a sociedade, poderemos evitar as crises econômicas e os vários tipos de disparidades e desequilíbrios causados pelo modo de produção capitalista.
Enquanto o mundo atual experimenta mudanças sem precedentes no último século, o desenvolvimento chinês, sob a liderança do PCCh, atravessa seu período histórico mais bem-sucedido dos tempos modernos.
DESTAQUE | ECOSSOCIALISMO
JOHN MOLYNEUX | Global Ecosocialist Network ○ 21/08/2020
A primeira coisa a ser dita é que, para marxistas e socialistas sérios (a começar por Marx, Engels e Rosa Luxemburgo), a luta revolucionária não se contrapõe à luta por reformas. A revolução é algo que cresce a partir da luta por demandas concretas.
► O capitalismo é um sistema inerente e inexoravelmente orientado à acumulação competitiva de capital, e não existe uma perspectiva realista na qual o capitalismo seja capaz de superar sua dependência em relação às indústrias de combustíveis fosseis. Mas a classe dominante existente no capitalismo não entregará o poder por causa de uma vitória eleitoral socialista. Pelo contrário, irá utilizar todo o seu poder econômico (“greves” de investimentos, fuga de capitais, desvalorização da moeda, etc.), sua hegemonia ideológica e social, sobretudo através da mídia, e, de forma ainda mais determinante, o controle que ela tem sobre o Estado, para subjugar um potencial governo socialista e, se necessário for, destruí-lo.